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ÍNDIA

   Situada na Ásia, mais propriamente na Ásia Meridiana, faz fronteira a oeste com o Paquistão, a norte com a China, Nepal e Butão. A este com o Bangladesh e Myanmar e a sul faz fronteira marítima com o Sri Lanka. A sul é também banhada pelo oceano Índico, pelo mar arábico a oeste e pela baía da bengala a leste.

    É composta por 28 estados, sendo que cada um deles tem a sua própria língua e todas são diferentes umas das outras. No entanto, o hindi é comum a todos, sendo que o inglês também é muito usado para comunicar entre eles.

     Sobre este imenso país há muita coisa para dizer e, ainda assim, muito fica por dizer.

   É incrível, surpreendente, diversificado, emocionante e, principalmente, inesquecível… uma mistura de sentimentos que só mesmo passando pela experiência.

     Para o visitar é como nos disse um indiano “a lifetime is not enough” - uma vida inteira não é suficiente!

   Na Índia, há tudo e mais alguma coisa e, quase sempre em grandes quantidades e de extremo a extremo… A sua população é incontável. Estima-se 1 bilião e 200 milhões de pessoas, o que faz da Índia o segundo país mais populoso do mundo, só atrás da China. Muita dessa população, não sabe ou, não quer saber, para que serve um balde do lixo. É por isso que LIXO, PORCARIA E SUJIDADE por todos os lados, também não faltam. Casa de banho? Para GRANDE PARTE, não existe. Qualquer sítio é o lugar ideal para fazer as necessidades fisiológicas, seja no meio da estrada ou no meio da linha do comboio… O trânsito é uma coisa IMPRESSIONANTE. Desde carros, motas, autocarros, tuc-tucs, bicicletas e rickchaws, pessoas ou vacas que param o trânsito (mais de pressa param para não atropelar uma vaca que uma pessoa). De uma estrada com duas faixas, eles fazem quatro ou cinco. Ultrapassam pela direita e pela esquerda. Agora imagine tudo isto a apitar só porque sim? O sinal vermelho está ligado e, portanto, o trânsito está parado mas, eles continuam a buzinar. Daqui concluem-se duas coisas. Regras de trânsito não existem e, poluição, seja ela de que tipo for, também não falta.

    Custa a acreditar que a sua economia é uma das maiores do mundo. A miséria e pobreza, analfabetismo, doenças e desnutrição, estão espalhadas por toda a parte.

    Querem praias? A Índia tem. Querem montanhas? A Índia também tem. Querem história? A Índia é um país riquíssimo em história. Monumentos históricos de toda a qualidade e feitio, cada um com a sua particularidade. Querem uma cultura diferente? Não deve haver nenhum país no mundo com tamanho choque cultural como a Índia. Natureza, paisagens, deserto… tudo! São um “sem fim” de coisas que, quando se pensa, que já se viu tudo, aí vem alguma nova para nos surpreender.

Fonte: The Commonwealth

    Segurança

    Durante os nossos dois meses de viagem, JAMAIS nos sentimos inseguros. No entanto, é sempre bom estar atento a algumas situações. Como em toda a parte do mundo, existem pessoas boas e honestas e, pessoas más e desonestas. Quando referimos “más” não quer dizer que a Índia seja um país perigoso e que não seja seguro, não. Quer sim dizer, que tudo o que esteja ligado ao turismo, sejam agências de viagem, tuc-tucs, táxis, etc, nos quer enganar. Basicamente, não podem ver uma pessoa de pele branca que o preço duplicou ou triplicou. A boa notícia é que, no meio da confusão toda, há sempre alguém pronto a ajudar! O complicado é confiar, por culpa de uns pagam os outros e, muitas vezes não sabemos em quem confiar.

    Clima

    A melhor altura para viajar para a Índia, é entre Outubro e Fevereiro, altura em que começa o inverno (seco). Mas, não quer isto dizer que esteja frio em toda a parte. Durante o inverno e, principalmente a partir de Dezembro/Janeiro faz muito frio no norte. Principalmente, nas regiões de Caxemira e Himachal Pradesh. Referir que, nós viajamos para o norte do país em final de Novembro, princípios de Dezembro e apanhámos temperaturas super agradáveis, com baixa temperatura à noite. Nos restantes estados apanhámos excelentes temperaturas e calor, muito húmido, em Kerala.

De Março a Maio começa o Verão, pelo que dizem muito quente. Em regiões como Jaisalmer, no Rajastão, as temperaturas costumam ultrapassar os 50º… Em contrapartida, esta será, provavelmente, a melhor altura para visitar as regiões de Caxemira e Himachal Pradesh.

De Junho a Setembro, é a altura das monções. Temperaturas elevadas e bastante húmidas. Mas, também já ouvimos testemunhos de pessoas que viajaram em Agosto e que não apanharam um dia de chuva… talvez tenha sido uma questão de sorte. Mas, em último caso, ou se quiser muito viajar para a Índia e não tiver outra opção, não deixe de ir.

    Visto

    Como cidadão português, é necessário obter um visto para a Índia. Veja aqui como o fazer.

    Alojamento

    Esta questão depende muito do tipo de viajante. Em alguns sites, como o Booking, Agoda ou AirB&B os preços costumam estar mais elevados, que não significa caro. Mas, se for do tipo de viajante “low budget”, o melhor é quando chegar ao destino procurar por alojamento. Negociar sempre já que, em muitos casos, consegue baixar o preço, e muito. Dá trabalho, mas compensa!

Caso dinheiro, não seja problema, tem muito por onde escolher… há hotéis para todos os gostos e a bons preços.

    Transportes

     Na Índia o conceito de perto, não existe. Seja de comboio ou autocarro, tudo é incrivelmente lento. O bom é que há imensas opções.

     Comboio

   Viajar de comboio é sem dúvida a melhor, mais barata e confortável forma de deslocamento na Índia. A tarefa de comprar é que já não é assim tão simples. Os serviços são super lentos e confusos. Para além disso e, como na Índia não há regras, quando estamos na fila à espera de ser atendidos, vêm (muitos) indianos e passam-nos à frente… é o salve-se quem puder. Quando chega a nossa vez, os bilhetes estão quase sempre esgotados. É possível verificar se há ou não bilhetes disponíveis, através do site makemytrip.com ou cleartrip.com. Se houver, o que há a fazer é ir rapidamente à estação e, com sorte, conseguir o bilhete. Existe ainda outra forma de tentar comprar o bilhete. Na véspera e no próprio dia da viagem, estão disponíveis uns bilhetes que se chamam “tatkal ticket”. Na maioria da vezes só assim se consegue bilhete, a não ser que se compre o bilhete com alguma antecedência. E, quando dizemos alguma antecedência, são mesmo precisas algumas semanas. Pode sempre recorrer às agências, mas a comissão não é muito “simpática”. ATENÇÃO: a vantagem das agências é só o facto de evitar filas. Por fim, existe o chamado “Genenal ticket”, que não garante lugar sentado… Para viagens curtas ou durante o dia, pode ser uma boa solução. Durante a noite, pode já não ser uma boa opção. Depende até que ponto se disposto a ir e da capacidade de sofrimento de cada um.

     Autocarro

    Senão conseguiu o bilhete de comboio, não desespere. Embora mais caro e menos confortável, existem sempre autocarros e com muitas ligações. Há os lugares sentados, mais baratos obviamente, e lugares com cama. Com a má qualidade das estradas indianas, pouco adianta.

Para conseguir os bilhetes a melhor forma é dirigire-se à estação de autocarros, uma vez que a agências também cobram comissão. Pode também apanhar o autocarro em andamento, mas não lhe garante lugar.

Dentro da cidade, os autocarros públicos são super baratos e são uma excelente forma de deslocamento.

    Tuc tucs

    Senão for daqueles que gosta de andar a pé ou que não gosta de andar em autocarros lotados, então talvez o tuc tuc seja o indicado. E o preço depende muito da capacidade de negociação. Sabemos que os locais, para pequenas deslocações, pagam 10 rupias. A nós, turistas, o preço é sempre superior. Daí, depender, da sua capacidade de negociação.

     Avião

     Para quem viaja com pouco tempo, esta é, obviamente, a forma mais rápida. Barata já nem por isso.

    Cuidados a ter

     É, evidentemente, necessário ter alguns cuidados antes de viajar para a Índia… recomendamos uma consulta do viajante. Mas, por favor, não vá com preocupações em demasia.

     Alguns cuidados a ter e que vai ouvir na consulta do viajante:

  • Beber sempre água engarrafada;

  • Comprar sempre fruta com casca e, naturalmente, descascar depois;

  • Carne, peixe, legumes sempre bem cozinhados.

    Onde ir e o que visitar

    Como já dissemos, muito tempo é pouco para conhecer a Índia. Pelo que, esta questão, depende sempre do tempo que se tem. De qualquer maneira, para se sentir o que é, a verdadeira Índia, há lugares que não podem faltar no roteiro. Provavelmente, Delhi vai ser a sua porta de entrada no país. Pelo que deve reservar 2 dias para a capital. Varanasi, Agra (só pelo Taj Mahal), Jaipur, Jaisalmer e Jodhpur, devem fazer parte de qualquer roteiro. Se houver mais tempo, há outros lugares a serem incluídos.

    Delhi

     Nova Delhi, a capital da Índia fica no norte do país. É o expoente máximo de tudo o que referimos sobre a Índia. Delhi concentra mais de 10 milhões de pessoas. Estas são as “registadas”. Segundo nos contaram, existem mais 20 milhões de pessoas que não estão registadas… Lixo e porcaria por todo o lado. Muito barulho. Carros, motas, bicicletas, rickshaws que causam um caos autêntico na cidade. Vacas que são tratadas como princesas. Miséria e pobreza. Monumentos, museus e muita história. Restaurantes e hotéis para todo o tipo de “bolso”, desde os mais luxuosos a verdadeiras espeluncas. Em contra-partida o que não há em Delhi, nem em nenhum sítio da Índia, são REGRAS. Essa palavra não consta no dicionário Indiano.

     Onde ficar

     Para sentir o verdadeiro caos e a cultura indiana, aconselhamos Paharganj.      Opções não faltam e a preços razoáveis. Nós ficámos em dois hotéis diferentes que não recomendamos a ninguém…

     Outra hipótese é ficar em Connaught Place, um pouco mais afastado da confusão, se é que isso é possível…

    O que fazer e visitar

    Perca-se pelas ruas de Paharganj, misture-se com o povo indiano e visite os principais museus históricos da cidade:

 

  • Tumulo de Humayun;

  • Indian Gate;

  • Red fort;

  • Connaght place.

     Este foi o nosso itinerário. O que mais temos pena de não ter visitado é o templo de Akshardham. Vimos algumas fotos e parece ser deslumbrante. Não se paga entrada mas em contra partida fica bastante afastado do centro.

Para além disso, ainda tem:

  • Jama Masjid;

  • Templo de Lotus.

      Estes são os mais conhecidos.

    Como chegar

     Nova Delhi é a principal porta de entrada de turistas pelo que a chegada é feita de avião. Uma viagem de ida e volta de uma das principais cidades europeias custa em torno de 400 ou 500€.

     Para onde ir

     Aqui depende muito do tempo, que nem toda a gente tem. A maior parte dos roteiros pela Índia, incluem para além de Delhi, Varanasi, Agra e uma passagem pelo Rajastão. No nosso caso e, como tínhamos 2 meses de Índia pela frente, fomos ainda mais para norte até Amritsar, deixando esses destinos para depois.

    Preços

  • Tumulo de Humayun – 500 rps

  • Red fort – 250 rps

  • Templo de Akshardham – Livre

  • Lotus – Livre

  • Jama Masjid - Livre

    Amritsar

    Amritsar fica no estado de Punjab, a noroeste a Índia e muito perto da fronteira com o Paquistão. Amritsar é onde fica o Golden Temple. O santuário do Siquismo, uma religião monoteísta, onde todos podem entrar, independentemente da religião, cor ou sexo.

    O que fazer e visitar

  • Golden temple

  • Centrinho

  • India/Paquistão border

    Onde ficar

Existem várias opções no centro da cidade e perto do Templo Dourado. Pode, inclusive, ficar hospedado no templo sem pagar nada. Nós conseguimos Couchsurfing. Foi a primeira vez que ficámos hospedados pelo couchsurfing e a experiência não podia ter sido melhor.

    Como chegar

É possível alcançar Amritsar de comboio (se vier de Delhi ou Rishikesh, por exemplo) ou de autocarro de onde quer que venha. Nós viemos de autocarro de Delhi, pagámos 900 rupias por um slepeer bus 2x2.

    Para onde ir

Se tiver no início da “estadia” pelo norte, pode optar por McLeod Ganj ou Manali, um pouco mais a norte, ou ir para Rishikesh. Se tiver no fim, o seu destino pode ser voltar a Delhi ou para o Rajastão, Jaipur.

    Preços

    Só terá, efectivamente, que pagar o transporte até à fronteira para assistir ao “espectáculo” entre tropas indianas e paquistanesas.

     Mcleod Ganj

    Um pequeno vilarejo no norte da Índia e no estado de Himchal Pradesh. É aqui que mora o Dalai Lama e muitos outros tibetanos em exílio da China. Ir a McLeod é como tirar umas férias da Índia. Um sítio bem mais tranquilo que os restantes locais.

     O que fazer e visitar

     Seja ou não amante do trekking recomendamos a subida ao topo da montanha chamada “Triund” ou até ao “Snowline”. Sobe até aos 2800m ou 3000m, respectivamente, e demora cerca de 4h (até ao Triund) e 6h (até ao Snowline). É uma caminhada exigente, mas que vale a pena todo o esforço. Se pretender, pode acampar no topo da montanha e dividir o esforço. Se for o caso, vá preparado com roupas quentinhas.

     Visite a casa do Dalai Lama, o Dal Lake e cascata de Bhagsu. Não é nada imperdível, mas caso tenha tempo de sobra, vale a visita.

     Onde ficar

     Nós ficámos no Hotel Palace e recomendamos. Barato, óptimas condições e com vista para as montanhas.

     Como chegar

    McLeod não tem estação de comboios, pelo que, a chegada só pode ser feita de autocarro. Existem duas opções para chegar a McLeod Ganj. Há um autocarro que liga Amritsar – Dharamsala que parte as 12:00, demora cerca de 6horas e custa 280Rps. De Dharamsala até McLeod Ganj são apenas 6kms e há vários autocarros com um custo de 13Rps.

Existe ainda outra opção que nós optámos. Embora tenha mais uma paragem, achámos a melhor opção, que é ir de Amritsar até Pathankot de comboio, e depois de Pathankot até Dharamsala de autocarro. De Dharamsala apanhar o autocarro até McLeod. O preço é praticamente o mesmo, de Amritsar a Pathankot de comboio são 140Rps e daí até Dharamsala são 136Rps. O tempo de viagem de comboio de Amritsar até Pathankot são à volta de 3h, mais 3:30h de autocarro até Dharamsala.

    Para onde ir

    Pode optar por Manali ou Rishikesh (como nós). Se estiver a fazer a volta ao contrário, talvez Amritsar seja o destino.

    Preços

    Tanto a subida ao Triund, como a casa do Dalai Lama e as restantes atracões são de graça. Na subida ao Triund só paga se, por acaso, optar por guia e se dormir no topo da montanha, como nós. Éramos 3, pagámos 300 rupias por pessoa.

     Dica: O trajeto até ao pico está bem sinalizado, pelo que, na nossa opinião, não é necessário guia.

Rishikesh

     Fica a nordeste da Índia no estado de Uttarakhand. Rishikesh é a capital mundial do Yoga. É o lugar ideal para os amantes da modalidade e para os mais espirituais.

     O que fazer e visitar

     Rafting pelo rio Ganges, pôr-do-sol com vista para o rio e para a ponte. Se é adepto do yoga, ou se quer apenas aprender, todos os dias começam cursos. Seja de 1 dia até 1 mês, três meses… Outra prática comum entre backpackers é alugar uma scooter e explorar a região.

     Onde ficar

     Tem as famosas Ashram. Um quarto individual custa 150 rupias. Não há Wi-fi e algumas têm horário de “recolha” as 22 horas. Caso não seja a sua “onda”, tem muitas outras opções em conta.

    Como chegar

     É possível chegar de autocarro de Delhi, Amritsar, Manali, ou McLeod Ganj. É também possível chegar de comboio vindo de Amritsar, Delhi ou até mesmo Varanasi. Nesse caso, terá de apanhar o comboio com destino a Haridwar e daqui apanhar um autocarro local até Rishikesh (35rupias) ou um Tuc-Tuc, neste caso o preço deve rondar o 100 e 150rps, dependendo da capacidade de negociação.

     Para onde ir

De Rishikesh é possível ir para Manali, McLeod Ganj (autocarro), Amritsar ou Delhi. No nosso caso, começamos a descer. O destino foi Varanasi.

     Varanasi

    Varanasi, embora mais abaixo, fica também a nordeste da Índia. Perto da fronteira com o Nepal. É considerada uma das mais antigas civilizações e é o sítio onde todos Hindus desejam morrer. Desde há 3.500 anos para cá acontece diariamente um ritual onde os mortos são queimados e as suas cinzas são lançadas ao rio. Os hindus acreditam que a vida está sujeita a um ciclo de reencarnações. Este ritual serve, precisamente, para terminar com esse ciclo. Só depois de um banho na água “sagrada” do rio Ganges, dos seus corpos serem cremados e as suas cinzas lançadas ao rio conseguem a “libertação da alma” que vai directamente para o céu.

     Outro lugar onde se consegue sentir a verdadeira cultura indiana.

     O que fazer e visitar

  Um passeio pelos famosos Gahts, desde o Dashaswamedh Gaht para assistir ao espectáculo de homenagem à deusa até, pelo menos, ao Manikarnika Ghat, onde ocorrem as cremações. Com esse passeio consegue também observar o dia-a-dia dos hindus perto do rio. Outra hipótese é fazer o passeio de barco pelo rio Ganges e ter outra perspectiva.

    Andar perdido pelos labirintos da antiga cidade que, segundo os hindus, é a mais antiga do mundo.

    Onde ficar

     Existem muitas opções perto de onde tudo acontece. Nós ficámos em dois hotéis distintos. Primeiro no “So nice home”, e depois no Shiva Hostel, mais em conta. Para além de mais barato, tinha uma boa vista sobre a cidade e ainda oferecia o passeio de barco pelo rio.

    Como chegar

    É possível chegar de comboio ou de autocarro dos principais destinos, seja Delhi, Agra, Rishikesh ou Gorahkpur para quem vem do Nepal.

    Para onde ir

É igualmente possível ir de comboio ou de autocarro para os principais destinos, seja Delhi, Agra, Rishikesh ou Gorahkpur para quem vai pretende visitar o Nepal, como foi o nosso caso.

    Agra

    É em Agra que se pode visitar o famoso Taj Mahal, o monumento mais conhecido do país e não é para menos. É património mundial da UNESCO e em 2007 foi considerado uma das sete novas maravilhas do mundo! Foi esse o principal motivo da nossa vinda a Agra.

   A sua história é fascinante. Foi mandado construir no ano de 1652/1653 pelo imperador Shah Jahan em memória à sua esposa, a quem chamava de Mumtaz Mahal que significa “a jóia do palácio”. Por essa razão, o Taj Mahal, é também conhecido como a maior prova de amor do mundo. Reza a lenda que o imperador mandou cegar e cortar as mãos de todos os construtores da obra, para que não pudessem voltar a construir um momento que igualasse o Taj Mahal.

    Tirando o Taj Mahal, não gostamos de Agra. Há aqueles lugares onde não nos sentimos bem… foi o caso de Agra.

    Onde fica

    Agra fica no estado de Uttar Pradesh, a norte do país.

    Onde ficar

    Nós ficamos no Namastey hotel. Hotel humilde, com uma família simpática e com restaurante. O Namastey hotel é uma boa opção caso viaje em Low Budget.

    O que fazer e visitar

    O Taj Mahal, claro. Apesar de caro, vale a pena. Tem ainda o forte de Agra e um passeio até ao outro do rio (Mehtab Garden) com vista para o Taj Mahal.

    Para além disso, tem ainda o Guru Ka Tal e o Tomb Of Itimad-Ud-Daulah.

   Como chegar

   É possível chegar a Agra de qualquer sitio próximo a Agra, seja de comboio ou autocarro. Delhi, Varanasi, Jaipur…

   Para onde ir

   Se está em Agra, talvez Jaipur, Varanasi, Agra ou templos do Kama Sutra em Khajuraho sejam o seu próximo destino.

   Preços

  • Taj mahal - 1000 rps

  • Agra Fort - 300 rps

Jaipur

    Chegámos ao Rajastão. Talvez a região mais emblemática da Índia. Região bastante colorida. Prova disso, é cada uma das suas principais cidades é conhecida por uma cor. Por exemplo, Jaipur, é conhecida como cidade Cor-de-Rosa. Garante que Jaipur esteja presente no seu roteiro.

     Onde fica

     A capital do Rajastão, fica no norte do país. Um pouco mais abaixo de Delhi e a oeste de Agra.

     Onde ficar

    Há imensas opções para ficar em Jaipur e a preços razoáveis. Nós chegámos tarde a Jaipur, montamo-nos num tuc-tuc que, nos cobrou 20 rupias e, provavelmente fomos burlados no preço do hotel. Pelo que, não recomendamos!

     O que fazer e visitar

    Há muita coisa para ver e para fazer em Jaipur… O forte de Amber é imperdível. Jal Mahal e o Hawa Mahal, imperdíveis são. E ainda o Monkey temple que vale apena a visita. Se pretende um lugar para ver o Sunset, considere ir ao forte de Nihagart.

     Como chegar

    É um destino incluído na grande maioria dos roteiros pela Índia. Por isso, é possível chegar de qualquer lugar. Delhi, Agra, Varanasi, Jodhpur, Jaisalmer ou até Amritsar…

     Para onde ir

     Se estiver a começar a volta pelo Rajastão, Jodhpur, Jaisalmer ou Pushkar são destinos prováveis.

     Preços

  • Amber fort - 500 rps

  • Hawa Mahal - 300 rps

  • Jal Palace - Livre

  • Monkey temple - Livre

  • Fort de Nihargarh - 250 rps

    Nota: Existe um bilhete chamado “composite ticket” que inclui todos os monumentos listados acima mais o Jantar Mantar, Albert Hall, Sisodia Bag, Vidhiyadhar Bag e o Isarlat e tem um custo de 1000 rupias. ATENÇÃO: Caso seja estudante, esse mesmo bilhete tem um custo de 200 rupias.

    Jaisalmer

   Jaisalmer, é uma cidade do Rajastão, que fica bem perto do deserto. Se Jaipur é conhecida como a cidade cor-de-rosa, Jaisalmer é conhecida como a cidade dourada. As casas e o seu forte bem no centro e no topo da cidade, parece que foram pintados pela areia do deserto. Que cenário lindo. A maioria das pessoas que por aqui passam, fazem um safari pelo deserto do Thar.

    Onde fica

    Estado do Rajastão, a noroeste do país e na fronteira com o Paquistão.

    O que fazer e visitar

    Vir a Jaisalmer e não fazer um safari no deserto, é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa”, pelo que o Safari é um “must do” em Jaisalmer. Para além disso, dentro do forte há um ponto onde é possível ter uma vista espetacular sobre a cidade dourada. Gadsisar Sagar lake tem a vista contrária, ou seja, do rio para o forte… Ambas imperdíveis.

  Onde ficar

  Provavelmente o sítio onde vai encontrar acomodação mais barata na Índia. Tão barato quanto 1€… e estão disponíveis no booking!

   Como chegar

   Seja de autocarro ou comboio é possível chegar a Jaisalmer. Delhi, Jodhpur, Jaipur…

   Para onde ir

   Igualmente Delhi, Jodhpur, Jaipur ou Udaipur.

   Preços

   É possível fazer o safari 1000 rupias. É uma questão de procurar bem. Veja no Jeet Mahal Hotel e não se esqueça de negociar, claro.

    Jodhpur

  Jaipur é a cidade rosa, Jaisalmer a cidade dourada e Jodhpur a cidade azul… para além da cor, cada cidade tem o seu forte... e cada um é mais impressionante que o outro. O forte de Jodhpur parece estar, literalmente, "pregado" no topo de uma gigante rocha.

    Onde fica

    Estado do Rajastão, a norte do país.

    O que fazer e visitar

   Num dia é possível ver as principais atrações de Jodhpur. Goste de compras ou não, pode começar, bem cedo, pela torre do relógio. Seguir para o templo Jaswant Thada e, de lá, seguir para o Fort de Mehagorht. De caminho ficam as ruas da cidade azul e, na volta ver o sunset da parte exterior do forte e sobre a cidade azul, imperdível.

    Onde ficar

   Jodhpur Heritage Haveli Guest House. Foi onde nós ficámos, uma vez que era o mais barato no booking. Um quarto humilde com casa de banho partilhada, e barato. É tudo o que precisamos. O staff era bem simpático e oferecia uma vista magnifica para o forte!

    Como chegar

   Mais uma vez, é possível chegar de qualquer lugar, seja de autocarro ou comboio.

    Para onde ir

   Delhi, Agra, Jaipur, Udaipur, Jaisalmer. Caso pretenda ir mais para sul é possível ir até Mumbai, ou até mesmo Goa.

      Preços

    O forte de Jodhpur é caro, são 600 rupias. E depois de já termos os fortes de Jaipur e Jaisalmer, optámos por não entrar. O Jaswant Thada custa 30 rupias.

Udaipur

    Mais uma cidade do Rajastão, Udaipur. Esta cidade é conhecida como City Lake, ou por Veneza da Índia… nós baptizámo-la por “Aveiro” da Índia. Como portugueses, soa melhor. Na nossa opinião, pouco tem a ver com Veneza até mesmo Aveiro. Ainda assim e, se tiver tempo, vale a pena conhecer.

    Onde fica

    Localizada a norte da Índia e a sul do estado do Rajastão.

    O que fazer e visitar

    Passeio pelo rio e pelas ruas de Udaipur. Daí é possível observar os palácios aquáticos.

    Palácio da cidade que, por sua vez, também é caro… é possível ver de apenas de fora por 30 rupias.

     Onde ficar

     Perto do rio há imensa oferta. Nós ficámos no Kaveri Palace Paying Guest House. Humilde como sempre e barato, claro.

     Como chegar

     É possível chegar de comboio e autocarro. Embora não haja tantas ligações de comboio. Mas há ligações de autocarro dos principais destinos.

     Para onde ir

     Nós fomos em direção ao sul, para Mumbai. Caso a volta seja ao contrario, Jodhpur, Jaisalmer ou Jaipur, são prováveis destinos.

      Preços

       500 rupias para entrar no palácio da cidade.

    Mumbai

   Mumbai é uma cidade com um estilo muito britânico, uma vez que foi colónia britânica até 1948. Exemplo disso, é o “Gateway of India”, construído para comemorar a visita do rei Jorge V e da rainha Maria em 1911 (antigos rei e rainha do Reino Unido). Foi também por aqui que as últimas tropas britânicas desembarcaram, quando a Índia conquistou a sua independência.

  Ainda mais parecido com a arquitectura britânica, é a universidade de Mumbai. Bem ao estilo do famoso Big Ben.

  De resto, é uma cidade um pouco diferente da restante Índia. Bem desenvolvida e, pareceu-nos, que a mentalidade por aqui também é bem diferente.

    Onde fica

    Fica no estado de Maharashtra, no centro do país.

    O que fazer e visitar

    Uma vez em Mumbai não pode perder o “portão da Índia”. Lá perto estão também o Taj Mahal Palace e a universidade de Mumbai. Posteriormente pode optar pelas Elephanta caves (muito turístico) ou as Kanheri caves (completamente só para si). Nós optámos pela segunda. Se tiver tempo não perca as Ellora Caves ou Ajanta Caves. Estávamos sem tempo e não conseguimos ir, mas muitas pessoas nos disseram que são lindas de morrer.

     Onde ficar

   Nós aqui fizemos Couchsurfing, porque Mumbai é bem mais caro que a restante Índia. Se por acaso usarem a aplicação, procurem em Mumbai por Afroz Shah. Juramos que não se vão arrepender!

     Como chegar

      Nós viemos de Udaipur, de autocarro.

      Para onde ir

     Pode optar por Aurangabad, onde ficam as caves. Senão pode optar pela Índia portuguesa, Goa.

     Preços

  • Ellora e Ajantas caves - 500 rps

  • Kanheri caves – 200 rps

Goa

     Goa, a Índia que foi portuguesa até há bem pouco tempo. Lá ainda se encontram pessoas a falar português, ainda que com um sotaque meio brasileiro…        Na nossa passagem por lá, encontrámos não só pessoas nativas a falar português como conhecemos pessoalmente o primeiro ministro português António Costa. Vai encontrar muitas igrejas cristãs construídas pelos portugueses. E, por fim, praias… muitas praias. Goa, é o sítio ideal para relaxar.

     Onde fica

    Goa é o menor estado da Índia, cuja capital é Panjim. Situa-se entre Maharashtra a norte e Karnataka a leste e sul.

    O que fazer e visitar

    O que não pode perder: Forte de Querim. Lindo, lindo, lindo. Um lugar que não aparece em nenhum site de viagem, seja tripadvisor ou lonely planet.     Poucos turistas e de graça. Um lugar que a natureza tomou conta. Vale muito a pena. Fica no norte de Goa, perto de Arambol. Por falar em Arambol, se gosta de festas e festivais eletrónicos, então esta é a tua praia. Montes de turistas, principalmente de leste… no mesma praia, existe um lago de água com um imenso verde ao seu redor. Se gosta de paz, então talvez a praia de Querim ou Paradise beach, perto uma da outra, sejam para ti. Anjuna ou Ashvem beach também são muito conhecidas.

    Indo mais para sul, a parte histórica de Goa, ou Old Goa, merece a visita. Fica perto da capital Panjim. Basílica de Bom Jesus é um dos exemplos de igrejas portuguesas. A oeste de Panjim, têm uma vila chamada de Vasco da Gama, em homenagem ao navegante Português.

    No sul de Goa, palolem beach também é muito procurada.

    Onde ficar

    Nós ficamos no norte de Goa, em Querim, mais uma vez através do Couchsurfing. E de lá explorámos o norte de scooter.

    Como chegar

    Nós viemos de comboio de Mumbai. O nome da estação é Thivim e fica perto de Mapuça. É também possível de autocarro, mas é mais caro.

    Para onde ir

    Nós fomos para o estado de Kerala, Munnar. Um dos lugares que mais adorámos. Tínhamos Hampi nos planos mas, por falta de tempo, não conseguimos.     Se por acaso estiver por perto, NÃO PERCA. Há comboios de Goa para Hosapete, que fica perto de Hampi.

    Preços

    Todos os sítios que mencionamos não se pagam.

    Munnar

    Um vilarejo, elevado a 1600 metros de altitude, contem 24 mil hectares de plantações de chá que foram criadas pelos ingleses em 1878. Munnar está no nosso top 5 de lugares que mais adorámos na Índia. A não perder. A melhor forma de andar por lá é alugar uma scooter e ir à descoberta. Há imensa coisa para ver entre as plantações de chá e o verde que nunca mais acabam.     Munnar é o céu na terra…

    Onde fica

    No estado de Kerala e perto da fronteira com o estado de Tamil Nadu.

    O que fazer e visitar

    Começando pelo imperdível… Mattupetty Lake e Pothamadu View Point. Mattupetty, como o próprio nome indica é um lago que fica entre o verde das plantações de chá. É incrível. Pothamadu view point fica no topo de uma montanha e a vista de lá é fenomenal. Visitar um tea garden. Nós visitámos um que fica perto do museu de chá. Completamente só para nós e deu para tudo.

    Muito famoso por lá é a top station, que nós não achámos nada de especial. Fica a 30km de Munnar. O trajeto até lá, esse sim, vale a pena. Verde e mais verde. Attukad waterfall, que também achámos nada demais. A principal cascata só é possível ver de longe.

    Onde ficar

    Nós ficámos no Arfa tourist home e recomendamos. Foi o mais barato que encontrámos bem no centro de Munnar e é agradável.

    Como chegar

    Munnar não tem estação de comboios, pelo que só é possível chegar de autocarro. De Cochin existem vários autocarros durante o dia. São à volta de 4horas e o preço é 100 rupias.

    Para onde ir

    De Munnar voltámos para Cochin. Também é possível ir para Allepey.

    Preços

    O aluguer da mota fica à volta de 400/500 rupias. Na top station são 70 rupais e o museu de chá são 150 rupias (senão estamos em erro). Há varias agências que preparam trekkings por 800 ou 1000 rupias, um exagero. Nós optámos por fazer tudo sozinhos e não pagámos nada.

     Cochim

     Foi Pedro Álvares Cabral que, em 1503 e logo depois de descobrir o Brasil, fundou em Cochim a primeiríssima colônia europeia na Índia. Os portugueses dominaram a região e o comércio local até 1663. Outro acontecimento importante em Cochim foi a morte de Vasco da Gama! Depois da sua morte ficou sepultado por lá, na igreja de São Francisco durante 14 anos até que os seus restos mortais foram levados para Lisboa, onde estão até hoje.

     Cochim é uma espécie de ilha que é acessível ou de barco ou de carro. Tirando o facto de saber que os portugueses por lá, detestámos Cochim… e por isso a nossa visita foi tipo “visita de médico”. Nada para ver. O seu forte é um simples canhão na praia… a praia suja e que nem é permitido mergulhar… cara, e muito turístico… vá se lá entender isto.

     Onde fica

     No estado de Kerala, no sul da Índia.

     O que fazer e visitar

   Não há muito a fazer em Cochim. Tem a igreja de São Francisco, onde morreu Vasco da Gama. As famosas redes de pesca chinesas, e o seu forte… que é um canhão! Pouco mais há para fazer…

     Onde ficar

 O mais comum em Cochim são homestays. Achámos mais caro, principalmente para o que é… o bom das homestay é que algumas incluíam pequeno almoço e jantar.

     Como chegar

     Para chegar a Cochim é preciso, primeiro, chegar a Ernakulam, seja de comboio ou autocarro. De Ernakulam é possível ir de autocarro ou de barco para Cochim.

     Para onde ir

     De Cochim fomos para Alleppey.

Allepey

     Alleppey é bastante famoso pelas suas backwaters. Que são, nada mais, nada menos, que centenas ou milhares de canais de água interligados entre si... Alleppey, é por isso conhecido como Veneza do oriente.

     Onde fica

     No estado de Kerala, a sul de Cochim.

     O que fazer e visitar

     A principal atração por ali são os passeios de barco. Há barcos para todo o tipo de "carteira". Existem os chamados "house boat", onde normalmente se passam uma ou duas noites, mas que são incrivelmente caros. Felizmente existem opções mais baratas. Barcos mais pequenos, seja a motor ou a remo. Os barcos a motor costumam cobrar à hora. Nós optámos por um barquinho pequeno, a remo... é a melhor para andar pelos canais mais estreitos e sem o barulho de motor de barco…. Outra opção, muito barata é apanhar um barco público que faz o trajeto de Alleppey até Kottayam. A desvantagem é que só se anda pelos canais mais largos.

     Marari beach ou Alleppey beach. E ainda o mini Taj Mahal.

     Onde ficar

     Aqui podemos recomendar o Alleppey 3 Palms Guesthouse. Com um maravilhoso jantar incluído. E o dono é muito simpático.

     Como chegar

     É possível chegar em Alleppey de autocarro e de comboio, de Cochim, Munnar, ou até mesmo Goa.

     Para onde ir

     Alleppey foi a nossa última paragem na Índia. Daqui fomos para Madurai, onde apanhámos o voo para o Sri Lanka.

     Preços

     Os barcos pequenos a motor costumam cobrar entre 300 a 400 rupias por hora. Arranjando um bom, fica barato. Os barcos a remo cobram entre 700 a 1000 rupias, começam as 9 e acabam por volta das 16:30, com almoço incluído. Os houseboat andam perto de 5000 rupias… os barcos públicos entre Alleppey e Kottayam custam 15 rupias.

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